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Serviços em risco no CHON por falta de verbas

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O Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) está com graves dificuldades financeiras que podem colocar em risco a manutenção de alguns serviços, nomeadamente a abertura do hospital termal, de análises clínicas, do serviço de urgência, da VMER ou da SIV e ainda a manutenção do parque e da mata. Segundo conseguimos apurar tem havido reuniões internas […]
Serviços em risco no CHON por falta de verbas

O Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) está com graves dificuldades financeiras que podem colocar em risco a manutenção de alguns serviços, nomeadamente a abertura do hospital termal, de análises clínicas, do serviço de urgência, da VMER ou da SIV e ainda a manutenção do parque e da mata. Segundo conseguimos apurar tem havido reuniões internas entre os diversos chefes de serviço, trabalhadores, fornecedores e o conselho de administração para serem feitos reajustamentos nos serviços, com significativos cortes financeiros. Só com boa vontade dos fornecedores é que os hospitais do CHON têm mantido a porta aberta, uma vez que são esses que subsidiam os hospitais. Os mais recentes casos de cortes estão relacionados com a redução do pagamento aos médicos e enfermeiros da VMER, que apesar de não existir uma tabela nacional para aquele serviço, o CHON reuniu com os profissionais no sentido de lhes baixar o vencimento. Fonte do INEM esclareceu que existem 42 VMER’s por todo o país e que em nenhuma existe uma tabela, pelo que é normal que hajam reajustamentos, para se tentar aproximar os valores pagos entre todas. A mesma fonte destaca ainda que o pagamento aos profissionais é da responsabilidade dos hospitais onde estão as viaturas, cabendo ao INEM assegurar o funcionamento do carro e dos consumíveis mais pesados. “Estamos a fazer uma renegociação. Apresentámos uma proposta do preço praticado noutras unidades hospitalares do país e atendendo à situação do país, aproximámos os valores praticados, que são substancialmente e significativamente mais baixos do que aqueles que estávamos a praticar. Fizemos uma proposta do valor aos médicos e enfermeiros de modo a equilibrar o valor praticado em outros hospitais”, disse Carlos Sá, presidente do CHON. O outro caso preocupante é de não haver dinheiro para mandar realizar mais análises clínicas e químicas, bacteriológicas e físicas no hospital termal e hospital distrital. Este tipo de situação pode levar ao encerramento das unidades, uma vez que sem parâmetros não existem garantias para a segurança dos tratamentos clínicos e com água termal. Contactada a saúde pública das Caldas, para o caso do hospital termal foi garantido que “as análises são obrigatórias” e que “devem ser realizadas”, de acordo com o plano delineado pela direção geral de saúde. Para Jorge Nunes, apesar de haver uma crise financeira, “não se pode pôr em causa a segurança dos doentes”. “O facto de não ter dinheiro não significa para já o encerramento de serviços ou de portas”, disse Carlos Sá, que acrescenta que “por enquanto esse cenário está posto de parte, embora seja uma situação que possa vir a acontecer no futuro”. “Isso não será específico no hospital termal porque poderá acontecer em qualquer outra área do hospital, se os fornecedores deixarem de prestar o serviço. É um cenário que pode acontecer se o dinheiro chegar ao fim. Por enquanto estamos a trabalhar com bom senso e em conjunto com os fornecedores, tentando renegociar os preços que estavam a ser praticados, em alguns casos absurdos. Reduzimos o custo de cada análise que era feito no exterior, ganhando-se dessa forma alguma verba, que nos permite durante mais tempo prestar o serviço. Até agora temos conseguido manter a prestação dos cuidados de saúde e pretendemos continuar para chegarmos ao final do ano com o dinheiro que temos”, disse. Em causa poderão estar análises à água termal, exames de TAC, ecografias, exames sanguíneos e outros que têm de ser realizados fora da instituição e que caso a verba chegue ao fim ou caso os fornecedores não queiram prestar, por falta de pagamento, poderão pôr em causa a manutenção dos cuidados de saúde à população. Até lá, o funcionamento das unidades depende “da boa vontade dos fornecedores e de algum pagamento que vai sendo feito para que não se crie rutura. A situação financeira em que o CHON se encontra provoca estas situações. Em conjunto com os fornecedores tentamos minimizar o impacto negativo dos pagamentos. Tudo isto é consequência da grave situação financeira do CHON, onde temos de avaliar diariamente a situação de cada empresa e a nossa disponibilidade de pagamento”, disse Carlos Sá. O presidente do CHON não foge ao facto de dever dinheiro a diversas instituições e estar a braços com uma “situação financeira complicada”, apesar da redução significativa de custos. Uma dessas medidas tem sido a não renovação de contratados a prazo. “Não estamos a despedir ninguém apesar de na prática isso representar para as pessoas um despedimento. Não estamos a renovar os contratos que terminam. Não estamos ainda renegociar por baixo os salários mensais. Tirando os médicos contratados fora, todos os outros profissionais têm salário mensal”, revelou o presidente do conselho de administração do CHON. Quanto à manutenção do parque e da mata, Carlos Sá disse que era verdade a falta de verba e que não tem dinheiro para continuar a gerir os espaços além deste mês de março, tal qual revelou Fernando Costa, presidente da câmara. “É verdade que o cabimento que temos não permite ir muito além deste mês e assegurar os nossos compromissos. Tudo está dependente quanto ao processo de fusão dos dois hospitais. Aguardamos para ver o que vai ser decidido. Até ao final do mês conseguimos manter”, relatou. A solução para a crise financeira poderá passar pela fusão, que permite uma redução de custos, segundo Carlos Sá. “A contratação de pessoas fora tem um impacto muito grande nos custos do CHON, mas num processo de fusão, ao serem concentrados serviços, obviamente que há pessoas do mapa de pessoal de ambos os lados e se forem concentrados todos num lado, não vamos precisar de pessoas de fora. Haverá uma poupança significativa. Depois haverá poupança na aquisição de material, com o preço de custo a ser mais baixo, porque se negoceia mais unidades e quantidades”, explicou. Terá sido esta gestão a que mais tem estado a cortar e a reduzir os custos operacionais da gestão do CHON, desde que foi criado, uma vez que Carlos Sá considera que anteriormente a dívida “estava descontrolada”. “Assim que chegámos pedimos uma auditoria às contas. As medidas implementadas em 2010 mantiveram os custos e depois em 2011 reduzimos pela primeira vez, desde 2005”, explicou. Carlos Barroso

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