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Redução de estacionamento contestada no Bom Sucesso

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A redução do estacionamento na Aldeia dos Pescadores está a gerar a contestação dos moradores e comerciantes do Bom Sucesso, Óbidos, que exigem ao Instituto da Água (INAG) a rectificação da obra, que o Instituto assegura estar conforme projectado. “Vamos exigir que seja rectificada esta situação, em que não se estudaram convenientemente as soluções de […]
Redução de estacionamento contestada no Bom Sucesso

A redução do estacionamento na Aldeia dos Pescadores está a gerar a contestação dos moradores e comerciantes do Bom Sucesso, Óbidos, que exigem ao Instituto da Água (INAG) a rectificação da obra, que o Instituto assegura estar conforme projectado. “Vamos exigir que seja rectificada esta situação, em que não se estudaram convenientemente as soluções de estacionamento e foram reduzidos mais de dois terços dos lugares”, disse Carvalho Encarnação, da Comissão de Moradores do Bom Sucesso, contestando a requalificação da Aldeia dos Pescadores. A obra, da responsabilidade do INAG, implicou um investimento de 453 308 euros e contemplou a requalificação do parque de estacionamento e criação de um passeio pedonal de acesso à praça central, onde a circulação automóvel e o estacionamento foram condicionados e esteve em consulta pública mas não obteve qualquer contestação dos actuais intervenientes. “Nós nunca fomos informados que esta obra fosse feita. Um dia chegámos aqui e encontrámos aquilo tudo vedado. A obra estava para começar e uma delegação de comerciantes dirigiu-se à Câmara. Nessa altura ainda estávamos no começo e depois de falarmos com o senhor vereador, a Câmara recusou a responsabilidade porque era uma obra do INAG”, disse Hélder Batista, proprietário de um estabelecimento e que falou em nome de meia dezena de empresários. Ainda assim o comerciante acha que “só a Câmara é que pode resolver este problema”. Já Carvalho Encarnação indicou que “no Plano do INAG de origem não havia a escada e a Câmara trabalhou para isso. Agora podem fazer o mesmo no estacionamento”. “Retiraram cerca de 100 lugares e ficámos com 18. Ao fim de semana não conseguimos fazer cargas e descargas. Só durante a semana. Acho que este espaço poderia ser aberto para que as viaturas entrassem durante o fim-de-semana, até para melhor funcionamento do estacionamento, porque ninguém circula”, disse Hélder Batista. A comissão de moradores quer começar “a reunir com a Câmara” para que no próximo Verão este problema seja resolvido, reconhecendo que “este não é o momento mais indicado para se fazer obras”, apesar de considerar que a Câmara deveria fazer uma intervenção simples no sentido de “disciplinar o estacionamento”, que não fosse para as dunas, criando bolsas de estacionamento na estrada principal. “Este é um projecto e uma obra da administração pública, mas considero que como houve empenho da Câmara na legalização dos restaurantes que eram clandestinos e que ao fim de vários anos deu o nome de posto de praia, também foi pena não ser sensível ao apelo dos comerciantes para se ajustar esta parte”, afirmou o vereador socialista José Machado, que foi convidado para esta reunião. “Faz todo o sentido haver um ajustamento ao projecto, porque não faz sentido reduzir o estacionamento. Esta perca implica que haja estacionamento terceiro mundista ou então com viaturas longe da praia e isso afugenta os turistas”, acrescentou José Machado. Carvalho Encarnação considera que o estacionamento por ser insuficiente “provoca danos no ambiente com dezenas de viaturas a aproveitarem as dunas para estacionar, causando impactos negativos para o ambiente e para a imagem da praia e do Bom Sucesso. Com o novo plano arquitectónico do INAG, dois terços deste espaço deixou de ser para estacionamento”, disse. As casas de banho também são um problema, já que, segundo os comerciantes e moradores, já não existem como em anos anteriores aqueles equipamentos amovíveis, havendo apenas os do apoio de praia, que não estão sinalizados. Contactado pela Lusa, o INAG esclareceu que “o projecto foi elaborado por uma equipa, acompanhada e orientada pela Câmara Municipal de Óbidos”, não manifestando intenção de rectificar a obra em que, defende, foi assegurado “o devido enquadramento paisagístico previsto no projecto”. O presidente da Câmara Municipal de Óbidos revelou que “o problema real é a obra que apresentam e, obviamente, quem não quer obra, arranja qualquer pretexto para o fazer. Sintomático disto é o surgimento do vereador e de uma ex-vereadora, Maria Helena, do PS, que nunca fez nada pelo Bom Sucesso, junto de 2 ou 3 comerciantes a contestar. Se calhar, o problema não é só da falta de estacionamento, que sempre existiu, e não era uma praça que iria resolver, mas outra coisa. Se calhar, há quem não goste que surja um novo apoio de praia com restaurante e ache que vai perder clientes, mas quem apresentar qualidade terá sempre clientes”. “Como é habitual em qualquer praia deste País, nunca há estacionamento para todos no pico do Verão ou num dia convidativo. Esse é, por isso, um falso argumento que esconde inquietações de natureza partidária”, considerou. “As casas de banho provisórias retiradas não tinham condições de utilização com a qualidade que nós exigimos para os frequentadores da praia, pelo que foram criadas novas condições no apoio de praia que incluem, além das casas de banho, duches e posto de socorros”, explicou. “Os trabalhos são do Ministério do Ambiente e a Câmara Municipal de Óbidos ainda não recebeu oficialmente a obra, o que não será feito sem ser precedida de uma vistoria exaustiva”, manifestou. Telmo Faria recordou que os comerciantes “foram recebidos pelo senhor vereador Pedro Félix, que lhes mostrou o projecto e onde todas as questões foram respondidas com satisfação aparente dos presentes. Depois disso, não voltaram a dizer mais nada”. “Mas é claro que, estando o senhor vereador José Machado envolvido, esta contestação, agora, não é de admirar. Já estamos habituados”, acusou. Confrontado a apresentar uma solução para este caso, o presidente da Câmara referiu que “já tentámos fazer, mas uma providência cautelar de um proprietário, com quem a Câmara no tempo do PS arranjou uma briga, impediu-nos de avançar. Mas estamos a trabalhar em mais soluções. Queremos um Bom Sucesso cada vez melhor. Ainda agora avançámos com mais segurança no local, com a abertura de um posto descentralizado da GNR e a seguir teremos novas obras de requalificação, nomeadamente mais bolsas de estacionamento, melhor acesso à praia, nova iluminação, regeneradores dunares, zonas verdes, entre outros investimentos, para termos uma praia e um Bom Sucesso ainda mais bonitos”. Comissão explica apoio do PS Carvalho Encarnação explicou ao JORNAL das CALDAS a presença do PS na iniciativa da Comissão de Moradores, o porquê de não terem sido convidadas as outras forças políticas. Telmo Faria enquanto candidato pelo PSD, na altura a Câmara de Óbidos tinha como presidente Pereira Júnior do PS, esteve ao lado da comissão em muitas lutas, mas agora parece estar de costas voltadas e José Machado, actual vereador e candidato pelo PS, surge a apoiar a comissão. “É verdade que o Dr. Telmo Faria usou muito a Comissão. O eng. José Machado poderá ser o futuro presidente da Câmara”, disse Carvalho Encarnação com sorrisos. “Havia aspectos de ilegalidades no Bom Sucesso e que foram levantados pela Comissão de Moradores, que juridicamente teve razão. A Comissão de Moradores nunca pediu nenhuma ajuda ilegal ao candidato Telmo Faria. Que isto seja claro para todos. Nós, independentemente das opções políticas de cada um, pugnamos e lutamos pela legalidade, quer sejamos ao nível ecológico ou administrativo, ou jurídico”, disse. “A posição do senhor Telmo Faria enquanto candidato do PSD foi exactamente de ajudar a comissão em resolver esses problemas. Ele foi um dos grandes lutadores para que as obras dos G’s fossem embargadas. As pessoas, os políticos quando estão na oposição ajudam-nos, mas uma vez no poder esquecem-se das realidades”, manifestou. “No que me diz respeito e isso julgo ser a mesma opinião dos colegas da comissão, não é esse o caso do vereador José Machado, que é um homem respeitador e sempre defendeu a verdade, o direito e pugnou os interesses do Bom Sucesso. Não é um oportunista”, afirmou. Confrontado com a presença nesta iniciativa, José Machado afirmou que tinha sido convidado pela Comissão de Moradores e pelos comerciantes para se inteirar do problema da falta de estacionamento e que vai expor este assunto na próxima reunião de Câmara. Carlos Barroso

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