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Potencialidades turísticas das Caldas mal aproveitadas

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O presidente da Comissão Nacional do Centenário do Turismo, Jorge Mangorrinha, defendeu que é “essencial” reverter a falta de aproveitamento das potencialidades das Caldas da Rainha no segmento do turismo ligado à saúde, arte e agricultura para tornar o concelho “mais competitivo”. À margem da Conferência “Portugal, que Turismo? Caldas da Rainha, que Marca?”, que […]
Potencialidades turísticas das Caldas mal aproveitadas

Conferência “Portugal, que Turismo?”, com Jorge Mangorrinha, organizada pelo Rotay Club das Caldas

O presidente da Comissão Nacional do Centenário do Turismo, Jorge Mangorrinha, defendeu que é “essencial” reverter a falta de aproveitamento das potencialidades das Caldas da Rainha no segmento do turismo ligado à saúde, arte e agricultura para tornar o concelho “mais competitivo”. À margem da Conferência “Portugal, que Turismo? Caldas da Rainha, que Marca?”, que decorreu no passado dia 24, na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, Jorge Mangorrinha ressalvou que Caldas da Rainha pode voltar a ser “riquíssima” no segmento da saúde e bem estar com o potencial das águas termais que está ainda a ser mal aproveitado, quando poderia tornar a cidade “mais forte” a nível turístico. Este responsável acredita que a marca das Caldas da Rainha deve estar focada no Hospital Termal, na Praça da Fruta, na tradição artística ligada à arte cerâmica, na escola de Artes (ESAD) e na área verde de cerca de 30 hectares no seu centro urbano histórico, como nenhuma outra em Portugal. “As Termas das Caldas da Rainha representam o mais antigo Hospital Termal do Mundo”, disse Jorge Mangorrinha, lamentando a falta de classificação do edifício  como património histórico. “Um hospital termal de dimensão universal pela sua história única associada aos mais desfavorecidos por via da água em mais de cinco séculos, mas que também fez parte do vilegiaturismo, deveria estar classificado”, apontou este responsável. Jorge Mangorrinha é de opinião que a comunidade caldense deve fazer mais pela sua terra, sustentando que tem de haver eixos estratégicos que envolvam a sociedade. “Será que as Caldas se sabe reposicionar, quanto a uma estratégia e à criação de uma marca que, por sua vez, congregue algumas outras marcas e produtos turísticos herdados e a criar?”, questionou Jorge Mangorrinha, desafiando as cerca de 80 pessoas presentes e os empreendedores a refletirem e ajudarem a alavancar uma dinâmica para que Caldas da Rainha possa desenvolver-se turisticamente”. Na palestra, organizada pelo Rotary Club das Caldas da Rainha, o presidente da Comissão Nacional do Centenário do Turismo referiu que cerca de 50 milhões de novos turistas no mundo farão as malas para viajar nos próximos cinco anos e o mercado de produtos e serviços turísticos via Internet deve dobrar nos próximos três anos. “Devem ser referenciais para os nossos agentes públicos e privados que regulam ou operam no turismo no nosso país”, sublinhou Jorge Mangorrinha, acrescentando que segurança, procura turística, redes sociais, partilha global e nichos de mercado são os cinco pontos que podem ser “determinantes para enquadrar o turismo do nosso país”. Este responsável adiantou ainda que a palavra “qualidade” deve estar sempre presente“, tanto nas infraestruturas e equipamentos turísticos, como na arte de bem-receber, ou seja, “desde a imagem das nossas paisagens e instalações turísticas ao comportamento de taxistas e empregados de restauração, por exemplo”. O orador revelou ainda que a hotelaria precisa de criar tendências novas e não tanto seguir aquelas que já aí estão, inovando sempre, mas tendo em conta a identidade do projeto. Segundo Jorge Mangorrinha, tal como o país, também uma cidade tem uma imagem e pode ter uma “marca associada, com a qual, precisamente, potencia um valor económico para essa cidade”. O orador comparou o quadro de resultados pelo Estudo da Arca do Imaginário, que pretendeu apresentar um retrato de Portugal, com o caso das Caldas da Rainha, a partir de um exercício académico realizado por alunos. Por exemplo, a cor dada a Portugal foi azul e a Caldas da Rainha cinzento; o som atribuído a Portugal foi mar/ondas e a Caldas da Rainha, automóveis; o cheiro dado a Portugal foi maresia e a Caldas foi enxofre; o sabor do país foi salgado, das Caldas foi os beijinhos das Caldas; a personalidade de Portugal foi Mário Soares e a das Caldas foi Fernando Costa; a profissão de Portugal foi pescador e o das Caldas foi comerciante; o símbolo dado a Portugal foi Caravela e às Caldas foi o Hospital Termal; a figura histórica atribuída ao país foi D. Afonso Henriques e a Caldas foi Rainha D. Leonor; o filme que simboliza Portugal “Pátio das Cantigas” e o das Caldas da Rainha “O Noivo das Caldas”. Como captar turistas para as Caldas? A apresentação de Jorge Mangorrinha suscitou um produtivo debate em torno do futuro das Caldas da Rainha. Longe de estarem adormecidas para este assunto, as pessoas presentes mostraram-se interessadas em discutir estratégias novas para captar turistas para o concelho. Azimbhai Momade Ali, ligado à hotelaria, recordou o tempo em que Caldas da Rainha recebia imensas excursões cheias de turistas e visitantes. Criticou ainda o facto de o concelho não ter um folheto turístico atual. Artur Mendes, que tem uma unidade hoteleira na Foz do Arelho, disse que nos últimos fins de semana, numa altura de época baixa, teve uma ocupação razoável por causa do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, referindo que Caldas da Rainha não está a apostar nas suas potencialidades. Em resposta a esta intervenção, Jorge Mangorrinha disse que o turismo não tem fronteiras e que Caldas tem que ter uma relação com os outros concelhos da região. O empresário Jorge Rocha falou da falta de uma rede de transportes na deslocação dos turistas na zona Oeste. O orador revelou que o serviço de passageiros da linha do Oeste podia resolver a circulação dos turistas na região. Daniel Pinto, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, referiu que durante o evento não foi mencionado o golfe, que é já uma marca da região, referindo-se aos campos de excelência de Óbidos e ao futuro campo na Serra do Bouro. Sem atenuar a importância do termalismo nas Caldas, Daniel Pinto disse que não se pode perder tempo com diagnósticos do passado. Marlene Sousa

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