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“Marcas da Cerâmica das Caldas” em livro

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“Há poucos livros sobre a marca da cerâmica e para os investigadores é o melhor que pode acontecer. O livro está organizado por ordem alfabética e refere mais de trinta produções diferentes das Caldas da Rainha”, disse João Pedro Monteiro, investigador do Museu Nacional do Azulejo, que esteve presente no passado dia 15, no Museu […]
Marcas da Cerâmica das Caldas em livro

“Marcas da Cerâmica das Caldas” é desenvolvido por Marta Pereira e Guilhermina Costa

“Há poucos livros sobre a marca da cerâmica e para os investigadores é o melhor que pode acontecer. O livro está organizado por ordem alfabética e refere mais de trinta produções diferentes das Caldas da Rainha”, disse João Pedro Monteiro, investigador do Museu Nacional do Azulejo, que esteve presente no passado dia 15, no Museu da Cerâmica, na apresentação pública da obra “Marcas da Cerâmica das Caldas”. Neste âmbito, o investigador foi o orador da conferência sobre “A Importância das Peças Marcadas no Estudo da Faianças Portuguesa”, onde falou sobre os estudos que a equipa do Museu Nacional do Azulejo tem feito sobre a Faiança Portuguesa. “Ao longo desse estudo detetámos que as peças marcadas têm uma enorme importância para podermos compreender um mundo que é muito complexo”, adiantou o investigador. Segundo o orador, “as olarias de Lisboa encontram-se bem estudadas, tendo sido feito importantes levantamentos documentais”. Para João Pedro Monteiro, as peças datadas permite-nos saber exatamente “a que fábrica, produtor e autor vem a peça”. O investigador começou a conferência focando a faiança portuguesa do século XVII, um período em que as peças não eram marcadas. “Marcas da Cerâmica das Caldas” foi um projeto desenvolvido pelas técnicas do Museu da Cerâmica, Guilhermina Costa e Marta Pereira, em colaboração com o Museu José Malhoa. Teve ainda suporte nos testemunhos do Mestre Herculano Elias e no acervo documental do Museu, designadamente o espólio manuscrito de Francisco José Teodoro Malhoa (1922-2006). É segundo, Matilde do Couto, diretora do Museu José Malhoa e do Museu da Cerâmica, um “instrumento de trabalho que compulsa as coleções dos Museus, mas também instrumento potenciador de novas pesquisas e atribuições”. “As coleções do Museu da Cerâmica e do Museu José Malhoa mostram-nos também uma obra dinâmica enquanto reflexo e motivador da investigação, crescimento e valorização das coleções museológicas”, adiantou esta responsável. Na nota introdutória do livro, Matilde do Couto diz que é com Manuel Cipriano Gomes, o Mafra (1829-1905), que a cerâmica das Caldas conhece a marcação das peças. “Manuel Mafra não só introduz este cuidado de identificação como o mesmo corresponde a um conjunto de fatores que pela sua mão incrementam a arte do barro, seja o apuramento das formas até então ainda arcaizantes e a diversificação de vidrados, seja a introdução de novas técnicas ou a bem sucedida internacionalização, num surto inovador que caracteriza a sua atuação. Revela-se este um advento para a cerâmica das Caldas em breve confirmado e dilatado pela chegada de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) e a construção e laboração da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), onde dá largas ao seu génio criador, enquanto alia as pesquisas e avanços técnicos à tradição e às estéticas emergentes e projeta a Cerâmica das Caldas para o exterior. Discípulos de Bordalo então se distinguem, como Francisco Elias (1869-1937) e Avelino Belo (1872-1920) que se imporão com notáveis carreiras autónomas. Dão continuidade a toda esta novidade artística plasmada na cerâmica Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920) e o escultor Costa Motta Sobrinho (1877-1956) produzindo peças de inspiração “arte nova” e “arte déco” em distintas fábricas oriundas do património bordaliano”. Segundo a responsável pelo Museu, “dinastias de ceramistas desenvolvem a sua atividade neste contexto de grande atividade cerâmica, concorrendo também para a afirmação de uma identidade da vila – depois cidade a partir de 1927- e que as coleções do Museu da Cerâmica e do Museu José Malhoa representam na sua riqueza e diversidade”. “Marcas da Cerâmica das Caldas” foi um projeto que Guilhermina Costa já tinha pensado há alguns anos e que acabou por concretizar com o apoio da direção do Museu da Cerâmica. “Nas visitas guiadas a ideia que ficava é que só havia Manuel Mafra e Bordalo Pinheiro no acervo do Museu, quando há imensos autores do mesmo período”, disse a técnica do Museu de Cerâmica. Foi um trabalho que levou mais de um ano a concretizar. “Fizemos um levantamento exaustivo das peças da coleção inteira do Museu da Cerâmica e do Museu José Malhoa”, adiantou Marta Pereira. Jorge Ferreira, antiquário, que esteve presente no lançamento do livro, apontou que a obra tem algumas lacunas. Contudo, a diretora do Museu José Malhoa e do Museu da Cerâmica disse que a obra é um instrumento de trabalho aberta a novas propostas e que já é um sucesso porque está a suscitar a discussão. Adelino Soares de Oliveira, Afonso Duarte Angélico, Aires Constantino Leal, Ângelo Marcelino Garcia, António Alves Cunha, António Moreira da Câmara, António Sousa Liso, António Oliveira, Atelier Cerâmico, Augusto Batista Carvalho, Avelino António Soares Belo, Costa Motta Sobrinho, Eduardo Augusto Mafra. Eduardo Mafra Elias, Francisco Gomes Avelar, Francisco Frazão, Herculano Elias, Jesuíno dos Reis, João Coelho César, João de Deus dos Reis, João dos Reis, João Duarte Angélico, José Alves Cunha, José Alves Cunha Sucessor, José Avelino Soares Belo, Jsoé Francisco Sousa, José Luiz Saloio, L. Mesquita, Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (Fábrica Bordallo Pinheiro lda.), Manuel Cipriano Gomes Mafra, Rafael Bordalo Pinheiro (Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha), são os autores que constam no livro “Marcas da Cerâmica das Caldas”. Marlene Sousa

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