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Hospital das Caldas em risco de perder valências para Torres Vedras

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O Governo prepara-se para fundir o hospital das Caldas com Torres Vedras e com isso as urgências hospitalares nas Caldas passam a ser básicas, com a perda de diversas valências. Perante este cenário o Partido Socialista apelou “à revolta” da população das Caldas e do Oeste de modo a não perder o hospital nas Caldas. […]
Hospital das Caldas em risco de perder valências para Torres Vedras

O Governo prepara-se para fundir o hospital das Caldas com Torres Vedras e com isso as urgências hospitalares nas Caldas passam a ser básicas, com a perda de diversas valências. Perante este cenário o Partido Socialista apelou “à revolta” da população das Caldas e do Oeste de modo a não perder o hospital nas Caldas. “Este Governo tem recuado a muitas tentativas de desmantelamento de serviços. Devemos alertar e despertar a população para a crítica e para a revolta da perda de um bem tão essencial. Se a população se empenhar e se as forças vivas estiverem ao lado da defesa do Hospital, o Governo será obrigado a recuar”, afirmou João Paulo Pedrosa, deputado por Leiria do PS. O também presidente da distrital socialista disse que “não há mal em fundir Caldas com Torres”, mas “Caldas não pode perder valências, deve por outro lado ganhar”. “Caldas deve manter e alargar as suas valências”, disse. O mais efusivo e que apelidou de “roubo”, foi Jorge Sobral, que considera que têm havido reuniões na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa com autarcas e deputados eleitos por Leiria de forma pouco clara. “Sabemos que é uma realidade que é posta em prática. Teremos de perguntar e pedir responsabilidades aos deputados eleitos por Leiria e que são das Caldas. Temos de exigir aos deputados que receberam os votos aqui nas Caldas que sejam claros na defesa dos interesses de quem os elegeu. Está em marcha uma tentativa de retirar as mais valias das Caldas da Rainha. É uma solução que não é discutida abertamente. Estão a retirar valências que são prestadas a mais de 300 mil pessoas. Não são boatos, são realidades que só podem ser travadas com uma luta concreta e dinâmica. Nós não queremos aceitar mais este roubo. Na saúde não pode haver hesitações. São realidades que têm de ser travadas. Exigimos que isto seja discutido pela população e não sermos apanhados com decisões tomadas. O que está em causa é a nossa vida, a vida dos nossos filhos”, afirmou. Segundo Delfim Azevedo, com esta transferência o Hospital das Caldas que já perdeu as especialidades de reumatologia e oftalmologia e poderá perder ortopedia, dermatologia, urologia, neurologia e, mais grave, a cirurgia, o que torna o hospital das Caldas numa unidade de segunda categoria. “Esta não é uma altura para partidismos, é altura de cerrar fileiras e, se necessário, voltar à rua. A saúde dos nossos filhos e netos, o futuro desta região, tem de ser defendido com convicção e sem medos. Isto é uma afronta. Apelamos aos cidadãos desta região que se unam na defesa do seu Centro Hospitalar”, exortou Delfim Azevedo. O vereador do PS mostrou-se contra o facto de “tudo se passar nas costas das pessoas”. “Somos contra que Caldas perca qualquer especialidade. Nós gostaríamos de participar nesta discussão e gostávamos que a população participasse”, defendeu. “Na quinta-feira (dia 2) de tarde houve reuniões com deputados do PSD na ARS de Lisboa, onde esteve a deputada Conceição. Na próxima terça-feira (dia 7) vai haver uma reunião com o presidente da Câmara. O presidente da câmara também disse que iria pedir uma audiência ao ministro da saúde. Algo se está a passar e que está a incomodar muita gente. Quando alguém que teve uma reunião na ARS me diz que já foi bom conseguir manter as urgências nas Caldas, é de loucos isto”, declarou Delfim Azevedo. “Isto não é uma luta dos partidos, é uma luta da região. Vamos pedir uma reunião de urgência da Assembleia Municipal para discutir este assunto, onde a população vai ser chamada e onde os elementos da ARS vão ser chamados. Vamos emitir um comunicado à população sobre este assunto, para que esteja presente. Não queremos que as pessoas e a Assembleia Municipal fiquem a olhar para o lado quando tudo isto paira nas nossas cabeças”, disseram Delfim Azevedo e Jorge Sobral. Entretanto, o Hospital das Caldas prepara-se para dispensar 80 pessoas até ao final deste mês, mas Carlos Sá, confrontado com este facto, após ter estado na reunião de Câmara da passada segunda-feira, não confirmou este número, assumindo que até agora “foram dispensados 27 trabalhadores”, fruto de reestruturação de serviços. Com a deslocalização do hospital das Caldas para Torres Vedras, as urgências de Caldas passam a ser básicas, à semelhança daquilo que se passa em Alcobaça e Peniche. Aliás, na cidade piscatória o hospital fecha e a unidade passa para cuidados continuados. Já a população de Cister passa a ser encaminhada para Leiria. Esta negociação tem vindo a definir-se desde dezembro, com reuniões entre autarcas que se mantêm em silêncio e nada dizem à população. Uma das causas para esta fusão e descentralização poderá estar o passivo do Hospital das Caldas, que aumenta todos os meses em cerca de um milhão de euros. Carlos Sá, presidente do conselho de administração, que não quis comentar esta medida, considerou ainda assim que a dívida “cresce menos do que anteriormente”, fixando atualmente nos 40 milhões. Já sabedor desta iniciativa de fusão, o PSD Oeste em janeiro, numa visita à unidade de Torres Vedras, anunciou essa possibilidade. Depois da valência de reumatologia e oftalmologia perdidas, atualmente a urgência de obstetrícia tem tido dificuldades de se manter aberta, tendo inclusive encerrado no dia 1 e esteve em risco no dia 5 e poderá estar em causa hoje, dia 8. Perante este facto, Carlos Sá respondeu que “foi um problema de saúde da médica de escala que impossibilitou a manutenção do serviço”, desdramatizando a falta de médicos, mesmo que no domingo tivesse pronto para ser afixado um papel a dizer que o serviço não estava disponível. A confirmar-se toda esta situação agudiza-se o facto de qualquer emergência médica realizada pelos bombeiros de Caldas, Peniche, Óbidos e Bombarral terem de enviar os doentes para Torres Vedras, e com isso o socorro poderá estar comprometido, uma vez que o tempo de deslocação será maior e os custos também. Carlos Barroso

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