A PSP diz que vai vigiar mais o comércio tradicional, mas pede para os comerciantes implementarem sistema de videovigilância, grades e alarmes nas lojas. Estas são as principais ideias da reunião de urgência entre a associação de comerciantes e o comandante da esquadra da PSP das Caldas e o responsável pelo Comércio Seguro, não comparecendo o comandante da divisão, pela foto que nos foi enviada. “Foram discutidas formas de cooperação entre os comerciantes e a PSP bem como a possibilidade de implementação de medidas de prevenção por parte dos empresários no sentido de ajudar a evitar ocorrências policiais, nomeadamente a colocação de alarmes, sistemas de videovigilância e de grades nos estabelecimentos”, disse João Frade, em comunicado. A reunião surge depois de duas lojas na Rua das Montras e na Rua do Jardim terem sido assaltadas, com prejuízos a rondarem os cem mil euros. A direção da associação comercial expressou aos responsáveis da PSP a preocupação com a segurança dos estabelecimentos e a necessidade de vigilância do centro da cidade durante o período noturno, tendo a policia reiterado o seu empenho e dedicação com a segurança, apesar da limitação de meios e efetivos para a grande área que necessita de vigilância. Depois da noticia do JORNAL DAS CALDAS da semana passada, a associação de guardas noturnos vem dizer que “a Câmara das Caldas já nos contactou para marcar uma reunião, sendo que esperamos um novo contacto para a mesma”. A associação lembra que “a implementação dos guardas noturnos nas Caldas da Rainha não é da competência do Governo, mas sim da Câmara Municipal”. Entretanto, o deputado municipal Carlos Elias quer que a Câmara implemente o conselho municipal de segurança, depois das notícias que dão uma vaga de assaltos na cidade. “Urge a implementação de medidas e a primeira reunião do conselho municipal de segurança. O conselho já foi aprovado, mas nunca foi implementado”, disse o deputado do CDS. Carlos Elias disse também que o conselho não resolve as coisas no imediato, mas poderá dar diretivas no sentido de resolver os problemas de falta de segurança na cidade. “Vou voltar na próxima assembleia municipal a pedir que seja feita a primeira reunião. Teremos de voltar à carga. Sei que o Ministério da Administração Interna vai deixar cair as medidas dos antigos governos civis e nós teremos de fazer alguma coisa. Os conselheiros devem tomar uma decisão e ajudar no sentido de criar alguma coisa que atenue os assaltos, que só têm tendência para aumentar”, afirmou. O deputado do CDS está de acordo com aquilo que a associação de guardas noturnos vem dizer, uma vez que “a Câmara não investe nada, porque serão os comerciantes a pagar aos guardas noturnos, uma vez que a autarquia só tem de regulamentar”. Como nota final e que não conseguimos confrontar a associação comercial, os lojistas atingidos queixam-se de falta de apoio por parte da sua associação, que não os contatou, ou telefonou a perguntar se precisavam de ajuda especializada, nomeadamente na elaboração das cartas às seguradoras. Carlos Barroso