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Furtos de cobre diários surpreendem EDP

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A EDP está preocupada com a onda de furtos que assola as suas instalações e em particular Caldas da Rainha e Torres Vedras, onde os números chegam a mais de uma centena e meia só este ano. “Caldas é o concelho que tem mais actividade de furtos. É algo que nos preocupa. É uma situação […]
Furtos de cobre diários surpreendem EDP

A EDP está preocupada com a onda de furtos que assola as suas instalações e em particular Caldas da Rainha e Torres Vedras, onde os números chegam a mais de uma centena e meia só este ano. “Caldas é o concelho que tem mais actividade de furtos. É algo que nos preocupa. É uma situação muito constrangedora. Praticamente todos os dias acontece um furto. É claramente um problema”, disse Paulo Cristino, director da EDP nas Caldas da Rainha. Só entre o dia 1 de Janeiro e o final do mês de Novembro, já ocorreram cerca de 300 furtos de cobre nas instalações da EDP em treze concelhos, chegando os prejuízos a quase um milhão de euros. Caldas da Rainha com 55 furtos e um custo de 179,5 mil euros, é o concelho onde ocorrem mais furtos de cobre nas instalações da EDP. De seguida aparece Torres Vedras com 64 furtos e 156,5 mil euros de prejuízos, depois Alcobaça com 44 furtos e 96,6 mil euros. Numa lista onde estão Rio Maior, Lourinhã, Peniche, Cadaval, Alenquer, Óbidos, Bombarral, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, a EDP já perdeu 724.041,20 euros em cobre. “Em plena luz do dia, às 16 horas, furtaram o PT aéreo do E. Leclerc e um dia antes furtaram o PT junto ao Max Mat”, denunciou o responsável da EDP nas Caldas. Para Fernando Pais Rocha, director de rede e clientes Tejo, “é incompreensível furtarem um PT de um poste, em plena luz do dia”. “Não é fácil arranjar soluções para acabar com os furtos de cobre. A solução possível só pode ser integrada entre a EDP e os outros operadores. Tem de haver uma articulação entre a EDP, as forças de segurança, os Tribunais, o Ministério Público, com as actividades económicas, porque todos nós sabemos que o produto das actividades ilícitas vai ser entregue a algum receptor. Há uma cadeia de valor e é por haver mercado que há esta actividade. Não é fácil encontrar soluções porque não nos podemos substituir às forças de segurança. Não é viável criarmos uma empresa de segurança para guardar as nossas instalações. Estamos a falar da segurança pública e essa compete às forças de segurança”, disse. O director da zona centro acrescentou que os furtos de cobre “causam imensos problemas, pelos transtornos às populações, pelas interrupções de energia”. Neste tipo de crime existem três tipos de furto. Em linhas de rede de baixa tensão, em postes de transformação quer aéreos quer de cabines e depois em condutores de média tensão ou em sub estações, apesar deste último não ser tão frequente. Mesmo assim “é sempre um risco furtar cobre”, pelo facto das linhas estarem na maioria dos casos em carga. “Há situações em que há acidentes que provocam lesões. Estamos a falar de furtos em instalações muitas vezes em pleno funcionamento. Quando há utilização indevida pode provocar danos físicos”, explicou. Os responsáveis da EDP estão em estreita colaboração com a PSP e GNR, no sentido de identificar as zonas de maior risco e sobretudo onde existem furtos. “Queremos actuar com a maior rapidez possível para repor novamente os activos vandalizados, mas temos a consciência de que a zona Oeste tem sido onde tem havido uma actuação muito intensa da parte das actividades ilegais no furto de cobre”, sublinhou. Paulo Cristino faz notar que também todo o processo burocrático inerente à denúncia é demasiado longo. “Por cada furto eu tenho de ir assinar cinco folhas do processo que vai para o Ministério Público. Se forem dez participações são 50 folhas. Só para ter uma ideia da grandeza, eu passo um dia na PSP das Caldas a assinar participações. Um agente em vez de estar a fazer o policiamento está ali ao pé de mim a fazer inquirições para o Ministério Público e eu a assiná-las. Na última vez foram 50 participações, cerca de 300 folhas, ou seja quase uma resma de papel. É uma burocracia constrangedora”, comentou. Carlos Barroso

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