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Os santos populares

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No mês de Junho celebram-se três Santos a quem o povo tem grande devoção, nem sempre expressa da forma mais ortodoxa. São eles: Santo António, cuja festa litúrgica ocorre dia 13, São João e São Pedro, cujas festas que se comemoram a 24 e 29 deste mês, respectivamente. Santo António nasceu em Lisboa, por volta […]

No mês de Junho celebram-se três Santos a quem o povo tem grande devoção, nem sempre expressa da forma mais ortodoxa. São eles: Santo António, cuja festa litúrgica ocorre dia 13, São João e São Pedro, cujas festas que se comemoram a 24 e 29 deste mês, respectivamente. Santo António nasceu em Lisboa, por volta do ano de 1195 e em 1210 entrou no Mosteiro de São Vicente de Fora, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Em 1220 deixou os Cónegos Regrantes e ingressou na Ordem Franciscana, influenciado pela visita que as relíquias dos Mártires de Marrocos (franciscanos) fizeram a Coimbra, onde Santo António tinha professado. Foi ordenado sacerdote em 1222 e notabilizou-se como pregador – pregava contra as injustiças, as desordens sociais, a exploração dos mais desfavorecidos, etc. Tinha o dom da bilocação – um dia estando a pregar soube que algo se estava a passar noutra cidade e então, sem abandonar o púlpito, apareceu nessa cidade ao mesmo tempo. A sua morte ocorreu em Pádua, não como mártir como chegou a desejar, mas de doença, apesar da idade – morreu com 36 anos. Porque morreu em Pádua, os italianos e muitos outros chamam-lhe “Santo António de Pádua”, mas ele é bem português – “alfacinha de gema”. Foi canonizado e considerado Doutor da Igreja. Santo António é conhecido como “santo casamenteiro”, porque segundo uma lenda protegia as raparigas pobres que queriam casar, mas não tinham dinheiro para o dote. Para isso pedia esmolas que depois canalizava para essas raparigas que assim com o dote já podiam casar. É também invocado para fazer aparecer qualquer coisa perdida. A devoção ao santo neste assunto, levou uma pobre mulher a fazer, um dia, esta oração: “Senhor Jesus Cristo, pedi ao Senhor Santo António que me faça aparecer as chaves de casa” (sem comentários…). Santo António é festejado, entre nós, um pouco por todo o país, mas sobretudo em Lisboa a sua festa tem grande relevo. São João era filho de Zacarias e Isabel, primo de Jesus. Foi quem baptizou Jesus no rio Jordão. Daí o sobrenome de Baptista, para o distinguir do Apóstolo S. João, autor do 4º Evangelho. Era um homem austero no seu modo de viver – vestia-se de peles e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Ficou célebre a sua atitude corajosa quando criticou Herodes Antipas por ter tomado como mulher a sua cunhada. Herodíades a mulher visada nas suas recriminações, nunca lhe perdoou e um dia num jantar festivo, induziu a filha a pedir a Herodes a cabeça de João Baptista que estava encarcerado. Morreu mártir e a Festa litúrgica da sua morte, celebra-se a 29 de Agosto. É um santo que tem duas comemorações ao longo do ano litúrgico: o dia do seu nascimento, o que não é comum aos outros santos, e o da sua morte. A única excepção refere-se a Nossa Senhora, Rainha de todos os santos: comemoramos o seu nascimento a 8 de Setembro e a sua morte e assunção ao céu a 15 de Agosto. João Baptista anunciou a chegada de um novo reino, segundo a promessa feita por Deus aos patriarcas do Antigo Testamento. Com a sua missão profética chamou os homens à conversão e foi considerado como o último dos profetas, encerrando o ciclo das profecias do Antigo Testamento. Como sinal de amizade e gratidão para com João e com verdadeira humildade, Jesus deixou-se baptizar por ele – Jesus, que é Deus, não precisava do rito do baptismo, pois não tinha pecados. São João Baptista é muito festejado em muitas cidades, quer portuguesas quer estrangeiras, mas entre nós, os festejos são mais grandiosos em Braga e no Porto. É padroeiro dos alfaiates e correeiros. São Pedro, de seu nome próprio Simão, era natural da Galileia, filho de Jonas pescador de profissão, e como o pai, também ele pescador. Escolhido por Jesus, este mudou-lhe o nome – de Simão passou a chamar-se Cefas, que quer dizer “pedra” – em função da missão que o Senhor lhe confiaria, de chefe dos Apóstolos. É considerado o primeiro Papa da Igreja católica. É considerado o guarda da porta do Céu, por isso a iconografia o representa com umas chaves na mão. Morreu mártir entre os anos 64 e 67 da era cristã, tendo sido crucificado, (de cabeça para baixo, para, por humildade, não se assemelhar, na morte ao seu Mestre – Jesus) às ordens de Nero. É padroeiro dos pescadores. A sua festa celebra-se a 29 de Junho, com grandes manifestações, um pouco por todo o país, sobretudo nas comunidades piscatórias, como a Afurada em Vila Nova de Gaia. Cidades do interior também o festejam, nomeadamente Vila Real de Trás-os-Montes. Três santos, muito festejados mesmo em tempo de crise. Ainda é o que vale para melhorar o nosso quotidiano. O povo diz e com razão: “tristezas não pagam dívidas”. Então, o contrário – as alegrias, devem ser estimuladas, para depressa e bem pagarmos o que devemos! Maria Fernanda Barroca

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