A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) defendeu na semana passada que a criação de “mega agrupamentos” de escolas pelo Ministério da Educação representa a “negação completa do que é o trabalho pedagógico” num estabelecimento de ensino. “Os mega agrupamentos são um absurdo completo”, declarou o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, frisando que a decisão do Governo de encerrar escolas com menos de 21 alunos faz parte de uma estratégia para “poupar dinheiro à custa do que for”. A medida, no seu entender, vai criar “situações perfeitamente absurdas que, no plano pedagógico, serão sérios constrangimentos à boa organização e funcionamento dos futuros agrupamentos de enorme dimensão”. Por exemplo, indicou, “a existência de departamentos que reunirão mais de uma centena de professores, tornando impraticáveis as suas reuniões, o mesmo acontecendo com as reuniões de muitos conselhos de docentes que serão pouco mais do que plenários de professores; também o facto de escolas com muitas centenas de alunos e um corpo docente de número elevado ficarem sem órgão de gestão; ou a “co-habitação” de alunos de grupos etários muito diversos e distantes”. O sindicalista deu o exemplo de um concelho no Norte do país onde a fusão dos quatro agrupamentos reunirá uma população escolar de quase três mil alunos e 410 professores. “Isto é a negação completa do que é o trabalho pedagógico numa escola. Não há órgãos nem estruturas que resistam a uma coisa destas. Há uma relação entre pessoas que passa a ser completamente impessoal, em que ninguém conhece ninguém, com sacrifícios sempre para os mesmos, os alunos e a qualidade do ensino”, sublinhou. Segundo Mário Nogueira, em certos casos, esses “mega agrupamentos” serão formados por escolas que distam entre si “mais de 30 quilómetros” e juntando crianças dos 10 aos 18 anos, que, por vezes, terão de “sair de casa às seis da manhã e regressar às 19 horas”. “E depois diz o Governo que isto é em nome da igualdade de oportunidades. Deveriam ser os filhos dos governantes a estar nestas escolas para perceberem os sacrifícios que estão a exigir aos outros”, observou.
Mega-agrupamentos, mega-confusão..
30 de Junho, 2010
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) defendeu na semana passada que a criação de “mega agrupamentos” de escolas pelo Ministério da Educação representa a “negação completa do que é o trabalho pedagógico” num estabelecimento de ensino. “Os mega agrupamentos são um absurdo completo”, declarou o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, frisando que a decisão do […]
(0)
.
Últimas
Artigos Relacionados
GNR leva presentes de alunos a idosos
Alunos da turma 8C da Escola Básica e Secundária Fernão do Pó, do Bombarral, prepararam presentes alusivos à páscoa para serem distribuídos por idosos que vivem no concelho.
Barbeiro desaparecido
Um barbeiro brasileiro, de 42 anos, está desaparecido desde 3 de março, havendo suspeitas de que se possa ter afogado no mar na Foz do Arelho, localidade onde residia, mas não havendo testemunhas todas as hipóteses estão em aberto, tendo o caso sido comunicado ao Ministério Público e à Polícia Judiciária.
Morangos caldenses distinguidos com o prémio Sabor do Ano 2024
Os morangos Amorango, marca da Frutas Classe, empresa do comércio de frutas no Lugar do Bouro, em Salir do Porto, no concelho das Caldas da Rainha, foram distinguidos com o prémio Sabor do Ano 2024, que atesta a qualidade.
0 Comentários