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Exposição “Manuel Mafra (1829 – 1905): Mestre na Cerâmica das Caldas”

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Integrada na Festa da Cerâmica 2009 e no âmbito do Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, a secretária de Estado da Cultura, Paula dos Santos, esteve no Museu de Cerâmica, onde participou na inauguração da mostra “Manuel Mafra (1829 – 1905): Mestre na Cerâmica das Caldas”. Esta mostra, que estará patente até ao […]
Exposição "Manuel Mafra (1829 - 1905): Mestre na Cerâmica das Caldas"

Integrada na Festa da Cerâmica 2009 e no âmbito do Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, a secretária de Estado da Cultura, Paula dos Santos, esteve no Museu de Cerâmica, onde participou na inauguração da mostra “Manuel Mafra (1829 – 1905): Mestre na Cerâmica das Caldas”. Esta mostra, que estará patente até ao final do ano, reúne mais de 120 obras do importante ceramista, cuja acção significou para a cerâmica das Caldas um decisivo avanço de inovação e de modernidade, quer no domínio técnico, quer formal. Trata-se de um projecto do Museu da Cerâmica que começou a ser desenvolvido por Cristina Ramos e Horta, Comissária da Exposição. Matilde do Couto, a actual responsável do Museu da Cerâmica, apontou que “podemos ver de uma forma mais estudada e documentada o que foi a intervenção de Manuel Mafra e a importância enorme que teve na cerâmica das Caldas e do país”. Segundo a directora do Museu, Manuel Mafra, o mais importante produtor local da época, praticou um estilo sem paralelo no país e introduziu na cerâmica das Caldas uma paleta de cores variada e rica e novas técnicas de musgado e de verguinha. “Pela qualidade e criatividade das peças que realiza, não só merece o apreço do Rei D. Fernando e o privilégio de “Fornecedor da Casa Real”, como a produção da sua fábrica se impõe a nível internacional, exportando para o estrangeiro e sendo galardoado com prémios em exposições na Europa e nas Américas. Revela-se ainda pioneiro no desenvolvimento duma marca que contribui para conferir às Caldas da Rainha identidade cerâmica”, relatou. Para Mário Tavares do Grupo dos Amigos do Museu da Cerâmica, a exposição/ estudo sobre a obra do Ceramista Manuel Mafra (que sucedeu a D. Maria dos Cacos, na sua oficina em 1850) corresponde à concretização de um anseio de anos, da Direcção do Grupo de Amigos do Museu da Cerâmica. “Sempre acreditámos que Manuel Mafra fora a ponte de passagem, da tradição, para a tradição/inovação, da Faiança Caldense – o salto do oleiro para o ceramista. Daí o nosso grande empenho em que este evento se efectivasse; mesmo que o Museu da Cerâmica não disponha actualmente dos recursos mínimos financeiros e logísticos para o efeito”, referiu. Manuel Cipriano Gomes – “o Mafra” (1829-1905) foi o ceramista que introduziu nas Caldas da Rainha a estética inglesa e francesa contemporâneas, que, na segunda metade do séc. XIX, seguiam a obra de Bernard Palissy (ceramista da Renascença), caracterizada por peças decoradas com motivos em relevo da fauna e da flora. Protegido pelo rei D. Fernando de Saxe-Coburgo, Manuel Mafra” visitava a corte, tendo tido contacto com notáveis colecções de arte e acesso a obras cerâmicas estrangeiras de estilo revivalista. Manuel Mafra exportava a sua produção para o estrangeiro e participou em diversas exposições internacionais, onde foi premiado, tais como as Exposições Universais de Paris, em 1867, de Viena de Áustria, em 1873 (medalha de mérito) e Filadélfia, em 1876 (prémio), Exposição Internacional de Paris, em 1878 (medalha de prata), Exposição Portuguesa do Rio de Janeiro, em 1879. Constitui objectivo desta exposição apresentar o percurso, afirmação e destino desta obra central na cerâmica das Caldas e cujo culminar foi alcançado por Rafael Bordalo Pinheiro, na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha. Netos de Manuel Mafra Rui Júlio Peixoto Mafra, de 70 anos, e Eduardo Álvaro Peixoto Mafra, de 81 anos, netos de Manuel Mafra, estiveram presentes na inauguração da exposição. Elogiaram a mostra, considerando que já deveria ter sido realizada há mais tempo, porque “Manuel Mafra foi um indivíduo que impulsionou a cerâmica no nosso país e que atravessou fronteiras”. Vão oferecer ao Museu da Cerâmica dois pratos do Mestre que já têm mais de 100 anos. Marlene Sousa

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