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Queixa-se de racismo

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Estudante de 15 anos agredido com barra de ferro na cabeça Um jovem de quinze anos foi agredido na manhã da passada quarta-feira, nas Caldas da Rainha, com uma barra de ferro na cabeça e no braço, quando ia a caminho da escola. Devido aos ferimentos teve de receber tratamento hospitalar. Os supostos agressores são […]
Queixa-se de racismo

Estudante de 15 anos agredido com barra de ferro na cabeça Um jovem de quinze anos foi agredido na manhã da passada quarta-feira, nas Caldas da Rainha, com uma barra de ferro na cabeça e no braço, quando ia a caminho da escola. Devido aos ferimentos teve de receber tratamento hospitalar. Os supostos agressores são dois alunos do mesmo estabelecimento de ensino, um dos quais será maior de idade. A vítima, que nasceu em Portugal mas tem ascendência angolana, queixa-se de um acto de racismo. E.S. tinha acabado de sair de casa, pelas 8h15, para ir para as aulas, na Escola Secundária Raul Proença, quando, junto às cancelas da passagem de nível próximo do Lidl, foi surpreendido pelos agressores. “Um deles, que tem 18 anos, apareceu por detrás de mim e agrediu-me com uma barra de ferro na cabeça e no cotovelo, e deu-me mais uns golpes que acertaram na mochila que trazia às costas e que desfizeram um dossiê”, relatou, descrevendo que o outro, que “faz musculação, aparenta ser skinhead e anda num grupo com essas ideologias”, veio na sua direcção e gritou-lhe: “Tem mais cuidado que isto aqui não é o teu nível”. O jovem agredido, que frequenta o 10º ano, ainda está a tentar perceber a mensagem. “Não sei se está a dizer que sou inferior a ele. Para pessoas como eu, que vêm ou têm ascendência de outros países, cada vez é mais difícil distinguir aqueles que estão do nosso lado e os que estão contra nós. Quando algum colega me chama ‘preto’ ou algo do género, eu não sei o que quer dizer com isso, se está a dizer que não pertenço aqui, como o indivíduo disse, se quer mostrar que é superior, é um problema que já vem de gerações”, referiu, apontando que “o meu pai é de Angola mas eu nasci cá”. “Uma vez fui à praia com uma prancha, um sujeito virou-se para mim e disse: ‘Os pretos agora também já fazem bodyboard’”, contou ao JORNAL DAS CALDAS. E.S. só encontra na discriminação racial a explicação para a agressão. “O mais velho quando me bateu com o ferro disse-me que eu tinha dito umas coisas à namorada dele, mas eu não disse nada, nunca falei com ela e só sei que ela é loura, nem o nome sei”. À saída da escola no dia anterior, pelas 18h30, o jovem já se tinha envolvido numa briga com os agressores. “O mais velho picou-me e cuspiu-me e eu fui ter com ele para resolver o caso, ele mordeu-me o dedo e eu dei-lhe alguns socos, até o outro me segurar”, recordou E.S., acrescentando que “na altura ele nunca falou na namorada, mas ameaçou-me: ‘Estás f..’”. “Pensava que ele ia reunir um grupo, como está na moda, para me bater”, admitiu o jovem. A resposta não tardou e aconteceu na quarta-feira. Depois da agressão, que ocorreu na via pública e foi vista por alguns transeuntes, E.S. dirigiu-se para as aulas de físico-química e foram os colegas que chamaram a atenção da professora que ele estava a sangrar na cabeça e no cotovelo. Foi assistido na escola e depois foi de ambulância para o hospital, onde fez exames de raio X e um TAC à cabeça, ficando com o braço esquerdo ligado ao peito. A direcção do estabelecimento revelou ao JORNAL DAS CALDAS que resolveu comunicar o caso ao encarregado de educação, à PSP e ao Gabinete de Segurança do Ministério da Educação, ficando a aguardar a identificação dos suspeitos. Apesar da agressão ter ocorrido a mais de 300 metros da escola, não está posto de lado um procedimento disciplinar. “Contamos com a Polícia para que os factos sejam apurados. Vou fazer uma queixa-crime porque o indivíduo que agrediu é maior, e para que não volte a acontecer e para que as coisas fiquem esclarecidas”, manifestou ao JORNAL DAS CALDAS C.A., pai de E.S.. “Há pessoas e pessoas e este não é um país de racismo”, considerou C.A.. “Quando o segundo sujeito se vira para mim e diz o que disse, concordo plenamente que foi um acto de racismo”, comentou E.S.. Francisco Gomes

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