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Faianças Bordalo Pinheiro

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PCP quer que administração apresente medidas de viabilidade O Partido Comunista das Caldas quer que sejam criados dois movimentos civis na tentativa de salvar as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro. “Apelamos à criação de um movimento de opinião pública em defesa da manutenção da fábrica com um possível abaixo-assinado a enviar à Assembleia da República e […]
Faianças Bordalo Pinheiro

PCP quer que administração apresente medidas de viabilidade O Partido Comunista das Caldas quer que sejam criados dois movimentos civis na tentativa de salvar as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro. “Apelamos à criação de um movimento de opinião pública em defesa da manutenção da fábrica com um possível abaixo-assinado a enviar à Assembleia da República e à criação de um grupo de personalidades caldenses e outras que possam sensibilizar, pressionar e encontrar soluções junto de possíveis investidores privados ou do próprio Governo, na defesa da manutenção da Bordalo Pinheiro”, disse Vítor Fernandes. O comunista considera mesmo que os partidos políticos “devem estar unidos” na salvação da fábrica Bordalo Pinheiro e por isso até apoia o requerimento de Feliciano Barreiras Duarte, do PSD, quando fez lembrar que o primeiro-ministro disse que iria ajudar todas as empresas. “O que nos interessa é que a fábrica se mantenha a laborar e que os trabalhadores garantam o seu posto de trabalho. Não nos interessa louros ou dividendos políticos desta situação”, manifestou. “Todas as ajudas são bem-vindas e estamos de acordo. Está em causa o posto de trabalho dos operários e uma história da cidade, da região, do país, da Europa e do Mundo”, defendeu. Os dirigentes do PCP das Caldas consideram que estes movimentos devem surgir com espontaneidade e sem conotação política, para que sejam garantidos os direitos dos trabalhadores. “Pensamos que a maioria da população caldense não queira que a fábrica do Zé Povinho encerre. Penso que estão sensíveis se lhes for pedida a participação num abaixo-assinado, de forma a garantir que a fábrica não encerre e que o Governo intervenha para que a unidade não feche, uma vez que já ajudou bancos em situação difícil”, referiu. Vítor Fernandes defendeu que accionistas com nome sonante na fábrica Bordalo Pinheiro também devem intervir, apesar de terem pouca percentagem na sociedade por quotas. “Sabemos quem são e vamos junto deles tentar que se faça alguma coisa”, disse, não descartando a possibilidade de Jorge Serrano sair da administração da empresa. “Nós não decidimos nada na empresa, nem podemos estar a dar sugestões, mas temos a nossa opinião. Estamos contra a forma com que esta administração tem gerido este processo”, afirmou. O comunista anunciou também que o deputado Bruno Dias apresentou um requerimento na Assembleia da República, no dia 14 de Janeiro, onde pergunta ao Governo se vai ou não ajudar a fábrica centenária tal como anunciou o primeiro-ministro quando disse que iria salvar todas as empresas. Vítor Fernandes considera que a situação da Fábrica Bordalo Pinheiro tem vários culpados, sendo eles o Governo, a administração da unidade e o PS/Caldas. “O Governo tem contribuído para a diminuição do nosso aparelho produtivo. Não apresenta medidas concretas e vontade política de defesa da indústria de cerâmica decorativa e utilitária, da qual dependem muitas centenas de postos de trabalho”, disse. “A administração pouco ou nada tem feito para viabilizar a empresa. Onde estão as medidas de modernização e inovação, a procura de novos mercados e novos clientes, uma maior aposta no mercado nacional e a valorização e defesa da marca Bordalo Pinheiro, nomeadamente com as negociações com a Sonae para a construção do Centro Comercial Bordalo”, interrogou. “A autarquia caldense tem assistido passivamente à destruição do sector produtivo no concelho, particularmente a cerâmica. Mais de 2.500 postos de trabalho perdidos. Há pouco empenho na defesa do sector mais tradicional das Caldas da Rainha, junto do Governo, na Assembleia da República e até na Presidência da República. Também a dinâmica na procura de novas industrias do sector produtivo que se possam instalar no concelho, minorando assim a elevada taxa de desemprego que aqui se verifica. Existe muita conversa e pouca obra. Os shoppings e o call center é muito trabalho precário e mal pago. A autarquia não tem projecto para o concelho e está sem perspectivas para o futuro”, acusou. “O PS/Caldas tem estado impávido e sereno a assistir a tudo isto e até agora não se viu nada. Nem sequer estiveram ao pé dos trabalhadores”, concluiu Vítor Fernandes, acrescentando que dos 150 trabalhadores, vinte são casais, o que representa duas dezenas de famílias que poderão perder tudo o que tem. Por último, o PCP acredita que “a empresa é viável”, mas exige que a administração e o Governo tomem medidas de excepção imediatas que assegurem a manutenção da história da unidade, do seu valioso património artístico e dos postos de trabalho. António Barros, dirigente do PCP das Caldas, lembrou que a Câmara Municipal das Caldas já pagou 700 mil euros para a aquisição da unidade situada perto ao Museu da Cerâmica e ao Parque D. Carlos I, num negócio de 900 mil euros, mas ainda aguarda o visto do Tribunal de Contas, deixando a ideia que se o voto for desfavorável “a maioria PSD é criticada, porque deveria ter acautelado os seus interesses”, mas se o voto for favorável, “será uma vitória de todos”, embora tenham “dúvidas se os objectivos anunciados serão cumpridos”, deixando ainda a ideia de que outras empresas que já fecharam, nomeadamente a Secla, poderiam ter feito semelhante proposta para o seu edifício junto ao Parque D. Carlos I, para se criar um grande Museu de Cerâmica caldense. Segundo o PCP, os trabalhadores da fábrica Bordalo Pinheiro vão estar hoje, dia 21 de Janeiro, à porta do Ministério da Economia, manifestando-se no sentido do Governo intervir para salvar a empresa. Carlos Barroso

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