A vila das Gaeiras está em perspectiva de ter uma alavanca no seu desenvolvimento, que é um empreendimento comercial que deverá começar a ser edificado em breve. O presidente da Junta, Eduardo João, aguarda com expectativa a obra do Plaza Oeste. “È um projecto que irá ter várias componentes – um hotel de cinco de estrelas, um resort com muita qualidade, irá ter um retail park, um fórum comercial com cinemas e que tem uma previsão de criação de cerca de 800 postos de trabalho directos, e que poderá ir aos 1600 com os indirectos”, indicou ao JORNAL DAS CALDAS. “É uma alavanca importantíssima para a vila das Gaeiras e para todo o Oeste. É um projecto que contempla muitos espaços verdes e esplanadas, quedas de água e espaços de lazer espectaculares, e que acredito seja uma mais-valia para a região”, manifestou. “O projecto vem numa altura importante, com as dificuldades da criação de emprego que existem”, sustentou o autarca. Este empreendimento do grupo belga “Wilhelm & Co” terá mais de 80 lojas, num investimento total de cerca de 200 milhões de euros. Será servido por um nó directo da A15, que irá entrar junto ao campo de futebol do Gaeirense, que vai sofrer uma requalificação do seu complexo desportivo, a cargo do promotor, como permuta de parte do terreno. A construção do Plaza Oeste motivou no ano passado uma polémica protagonizada pelo vereador Hugo Oliveira, da Câmara das Caldas, que enviou uma carta à Comissão de Coordenação Regional do Oeste do Ministério da Economia e Inovação, manifestando que a referida superfície comercial teria efeitos devastadores no comércio das Caldas e da região, sendo as alegadas mais valias da criação de emprego e da dinamização económica reduzidas e contrariadas pela redução do nível de emprego e de dinâmica económica do comércio existente. Os protestos do lado de Óbidos – Junta e Câmara, não se fizeram esperar, e ganharam até aliados nos socialistas das Caldas da Rainha, que questionaram: “Que moral tem o Município de Caldas da Rainha para se pronunciar sobre os impactos da instalação de grandes superfícies comerciais no Município de Óbidos quando aprovou a instalação de uma grande superfície comercial junto ao Hotel Lisbonense, sem avaliar os impactos no comércio tradicional?”. Francisco Gomes