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A Linha do Oeste motiva muitas queixas

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A falta de qualidade do serviço prestado pela CP na linha do Oeste é cada vez mais motivo de queixa de utentes e especialistas, que defendem a modernização deste troço para reduzir os automóveis na Grande Lisboa. No mapa das queixas dos utentes da ferrovia em Portugal, a linha do Oeste tem lugar de destaque, […]

A falta de qualidade do serviço prestado pela CP na linha do Oeste é cada vez mais motivo de queixa de utentes e especialistas, que defendem a modernização deste troço para reduzir os automóveis na Grande Lisboa. No mapa das queixas dos utentes da ferrovia em Portugal, a linha do Oeste tem lugar de destaque, até porque poderia ser uma solução alternativa ao transporte rodoviário para milhares de pessoas que todos os dias se deslocam a Lisboa a partir de Torres Vedras, Caldas da Rainha ou Leiria. Há mesmo quem defenda uma nova obra, com o chamado Arco do Oeste, que ligue a Linha do Norte e do Oeste, na zona de Leiria, para servir aquela região e a cidade de Fátima. “A Linha do Oeste é o nosso muro das lamentações porque não corresponde minimamente às necessidades das pessoas, é demorada e é uma linha do século XIX”, sublinhou Tomás Oliveira Dias, um dos fundadores da Associação de Desenvolvimento de Leiria. A esta exigência, o Governo promete “fazer a requalificação efectiva e integral da Linha do Oeste que se destina a passageiros e a mercadorias”, afirmou há um mês a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, prometendo a electrificação, eliminação de passagens de nível e rectificações de traçado, bem como uma nova ligação ao sistema ferroviário da Área Metropolitana de Lisboa. A linha termina no Cacém, sem ligação directa à rede da capital, uma situação que o empresário Henrique Neto considera ser desajustada até porque se trata de uma “zona densamente povoada” onde “há rentabilidade” mas “tal como está, o Estado só perde dinheiro”. Para o presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro, Nelson de Oliveira, “a linha do Oeste podia prestar um bom serviço e ser uma acessibilidade compatível com a auto-estrada mas era fundamental estudarem a hipótese de um novo traçado entre Malveira, Loures e Lisboa”, descreve a agência Lusa. A futura linha do TGV que deverá ficar a oeste da Serra dos Candeeiros perto da zona Oeste, poderá limitar os prejuízos para a população mas a sua vocação não é o transporte ferroviário suburbano. Mais a norte, a rede do Oeste entronca em Alfarelos na Linha da Figueira da Foz, uma estrutura desadequada, onde a falta de clientes justifica a ausência de investimentos da CP, gerando um círculo vicioso de onde a região não consegue fugir. No sul, uma comissão de utentes defende a reactivação do ramal que ligava as cidades alentejanas de Beja e Moura, encerrado em 1989. Recorde-se que só nas Caldas da Rainha, existem várias passagens desniveladas que estão encerradas ao fim de semana e aguardam acordos para a construção de passagens superiores e inferiores para se manter a mobilidade na cidade. Este atraso poderá estar relacionado com o futuro que o Governo quer dar a esta linha que é a única no troço litoral que liga Lisboa ao centro do país, que poderia ser mais rentável para os empresários locais, se houvesse mais investimento na sua modernização. Aguarda-se, pois, pelas contrapartidas do Estado para o Oeste em detrimento do aeroporto na Ota, para se voltar a sonhar com os comboios regulares e com qualidade na região. “Viajar na Linha do Oeste é quase embarcar numa viagem ao passado. Entre bonitas estações com painéis de azulejo e apeadeiros minúsculos, quase sempre desertos, uma via única conduz as composições antiquadas que se alimentam de velhos hábitos que as mantém em circulação. Rotinas, que já não são suficientes para os passageiros, que têm vindo a trocarem o comboio por outros meios de locomoção. Para inverter esta tendência, os utentes exigem mais rapidez e eficácia no transporte”, escreveu Susana Quaresma em 2002. Carlos Barroso

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