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Secla faz acordo com trabalhadores em vésperas de fechar

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A administração da Secla-Sociedade de Exportação e Cerâmica S.A. está a rescindir os contratos com os seus trabalhadores que optem por essa via, uma vez que no final deste mês deixará de laborar. O sindicato cerâmico reuniu com a administração e ficou a saber que os cerca de 250 trabalhadores vão para o desemprego. De […]
Secla faz acordo com trabalhadores em vésperas de fechar

A administração da Secla-Sociedade de Exportação e Cerâmica S.A. está a rescindir os contratos com os seus trabalhadores que optem por essa via, uma vez que no final deste mês deixará de laborar. O sindicato cerâmico reuniu com a administração e ficou a saber que os cerca de 250 trabalhadores vão para o desemprego. De acordo com Jorge Cascão, do sindicato cerâmico, “há a possibilidade da empresa pagar 50 por cento das indemnizações e quem não aceitar vai ter de reclamar créditos”. Fundada em 1947, após a II Guerra Mundial, a Secla foi um dos maiores produtores mundiais de louça utilitária e decorativa em faiança. Chegaram-se a produzir mais de 16 milhões de peças por ano, incluindo grandes séries de peças pintadas à mão. No passado, a Secla revelou-se inovadora e percursora da modernidade da cerâmica portuguesa. Pela fábrica caldense passaram artistas como Herculano Elias, Ferreira da Silva, Hansi Stäel, Alice Jorge, Júlio Pomar, José Santa-Bárbara, Conceição e Silva, K. Michelson, entre outros. O trabalho realizado por todos caracterizou uma etapa na arte cerâmica portuguesa, afastando-se de uma linha tradicional produzida até à altura e realizada na roda de oleiro, para um sistema mais mecanizado. Retomaria a roda de oleiro durante os anos 50, tendo como intenção a ruptura funcional estética na criação de novos objectos. Ao longo do seu percurso a fábrica procurou um experimentalismo tecnológico, que estava aliado ao desenvolvimento de uma nova maquinaria, o que permitia a obtenção de novas matérias-primas mais resistentes à evolução dos fornos. Com uma gama de artigos bastante vasta, a Secla focou a sua produção essencialmente em louça de mesa, louça de forno e alguns artigos decorativos. A Secla chegou a ter 700 funcionários, sendo o maior empregador privado do concelho, o terceiro maior do distrito de Leiria e o maior empregador no ramo da cerâmica utilitária e decorativa. Mais de 95 por cento da produção era exportada, só que as grandes encomendas começaram a faltar, a que não foi alheia a concorrência dos mercados asiáticos. Em 2006, a Secla chegou a reduzir a semana de trabalho para três dias, pagando aos trabalhadores afectados por esta medida dois terços do ordenado. Na altura já tinha 415 trabalhadores e o número de encomendas vinha diminuindo em cerca de 30 por cento. À diminuição acentuada dos postos de trabalho, juntou-se há mês e meio, a venda de património – o edifício-sede e antiga fábrica próximo do cemitério de Nossa Senhora do Pópulo. Estava previsto que a loja e escritório, no mesmo local, também iriam fechar, ficando a Secla com a unidade fabril na Zona Industrial das Caldas da Rainha. O passivo terá sido equilibrado com a alienação de património, evitando-se o incumprimento do pagamento dos ordenados, às Finanças e à Segurança Social, mas a medida só seria suficiente com as necessárias grandes encomendas, que não apareceram, levando a administração a tomar a solução drástica de fechar a fábrica a 30 de Junho. Francisco Gomes

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