Alguns agentes da PSP, militares da GNR e guardas prisionais são alguns dos alunos de Nelson Pinto, instrutor da Arte Marcial de Modern Farang Mu Sul, que inclui Tácticas de Defesa Policial e Militar. O instrutor caldense Nelson Pinto recebeu o apoio do sub intendente da PSP das Caldas, Vítor Trindade, que analisou o seu currículo e autorizou aulas na área da defesa pessoal no ginásio das novas instalações da futura Divisão da Policia. Nelson Pinto contou que “os agentes, militares e outras forças de segurança participaram num seminário de Farang Mu Sul, sobre defesa pessoal, onde se incluíam imobilizações e algemagem, defesa contra armas de fogo e faca, técnicas com bastão, defesa contra agarres, e viram que esta Arte é extremamente prática, efectiva e útil para um melhor desempenho das suas funções”. Ainda assim qualquer cidadão poderá treinar ou testar as técnicas de Farang Mu Sul, deslocando-se às antigas instalações da fábrica das calças, no Bairro dos Arneiros, onde Nelson Pinto lecciona a classes de infantis a adultos, masculinos e femininos esta arte de defesa pessoal. O instrutor deseja um dia conseguir abrir uma escola, já que actualmente as aulas têm o apoio do Atelier Arte e Expressão, sendo também a cidade das Caldas da Rainha a sede principal desta arte na Europa e no Brasil. Um dos alunos é o agente Alfredo Anastácio, que descreve que a arte lhe oferece “uma panóplia de movimentos e de opções para lidarmos com as agressões na rua, de modo a que nós não sejamos violentos, mas mais efectivos”. O polícia considera que o Farang Mu Sul ”dá-nos mais opções, práticas, úteis e efectivas”, onde o treino lhe fornece “mais ideias da violência. Nós não temos formação para isso e o Farang Mu Sul abre-nos os olhos e dá-nos perspectivas de como lidar com as coisas e lidar com a violência e sem violência da nossa parte”. A também agente da PSP Ana Eanes acha que Farang Mu Sul a ajuda a “ter mais à vontade em algumas situações de rua e encarar as situações com mais descontracção”. A única mulher presente no treino considera mesmo que as técnicas de Farang Mu Sul são fundamentais, tendo em conta que “as mulheres não têm tanto o instinto de luta e com esta arte esse instinto desperta-nos para eventuais situações reais e claro que iremos reagir de modo diferente”. Ana Eanes aponta que as potencialidades do Farang Mu Sul “despertam para reacções muito mais rápidas e racionais do que não tendo a formação”, aconselhando por isso aulas a todos os colegas. Da mesma opinião é Luís Santos que faz notar que o Farang Mu Sul “prepara os agentes para qualquer agressão, quer com armas de fogo, quer com armas brancas ou outros arremessos”. “Esta formação ajuda ao meu desempenho de funções e até deveria haver mais colegas a praticar estas técnicas porque podem fazer falta, tendo em conta os níveis de insegurança nas zonas urbanas estarem a aumentar e nunca se sabe o que eles (meliantes) andam a aprender”, reforçou. “Nesta sociedade em que vivemos, assistimos a uma nova metamorfose social e económica, que leva principalmente os nossos agentes a prepararem-se para enfrentar eventuais situações de conflito, com a melhor preparação profissional possível. Só se reage conforme se é condicionado e numa situação real não sabemos como será o nosso atacante, a sua capacidade e habilidade e as suas verdadeiras intenções. Há sempre demasiadas incertezas, por isso há que treinar ao máximo e tomar a iniciativa de estar sempre preparado”, comentou o instrutor Nelson Pinto. Carlos Barroso